2007/06/28

Ecochatos

Porto Alegre, 12oC

Ouvi hoje algo sobre um aluno da Biologia da UFRGS que impediu a derrubada de uma árvore para a implementação de um projeto de ampliação do restaurante universitário. Não duvido que esta árvore seja um plátano canadense. Como este aluno, várias pessoas defendem a preservação de indivíduos não humanos sem prestar atenção no contexto em que estes vivem. Uma árvore de plátano, plantado fora do seu habitat natural, não vale mais do que um pé de alface. Ela não faz parte de uma história natural. Não se desenvolveu juntamente com um grupo de outras espécies de árvores, cada uma lutando para encontrar seu nicho ideal. Espécies introduzidas por humanos só servem para o interesse humano, não interferindo efetivamente em nada na natureza. Já as árvores que fazem parte da floresta nativa tem um imenso valor. Uma pessoa que realmente se preocupa com a preservação da vida deveria focar seus esforços para defender as árvores de florestas nativas. Nem que para isso seja necessário deixar o conforto da vida urbana e arriscar a própria vida nas regiões de fronteira com as florestas virgens. Nestes lugares o verdadeiro desmatamento ocorre diariamente.

2007/06/17

Sobre a natureza dos avatares

Hoje me peguei novamente pensando sobre avatares. Essa idéia foi bastante longe, reunindo temas também interessantes como o conceito de humanismo e redes de relacionamentos pessoais.

Em um conceito bastante amplo os avatares poderia-se definir um grupo de indivíduos que se tornam capazes de entender um certo código. Este código, que não se baseia em regras, conduz ao desenvolvimento de uma civilização capaz de viver em harmonia. Este código não pode ser escrito, mas somente percebido intuitivamente. A aplicação deste código se reflete naquilo que constitui o humanismo: a capacidade do ser humano de ir contra os seus instintos naturais de agressão, acúmulo de bens, segregação, etc.

Uma vez conhecedores deste código os avatares iniciam também instintivamente a induzir a mesma capacidade intuitiva em outras pessoas. Com isso são formadas redes pessoais bastante coesas, onde seguidores se aproximam para se alimentar da saberdoria e bem estar característicos dos avatares. Certas vezes estas redes de relacionamento se estendem por várias gerações, baseado em fragmentos da vida dos avatares transmitido através da tradição oral ou escrita

Não consigo entender o que separa um avatar reconhecido em vida daqueles que continuam com seguidores após a sua morte.